sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A consumidora de sonhos


Imagem: Divulgação Editora

Ando com tantas postagens enjauladas em mim, loucas para se libertarem aqui no blog, mas sem muito tempo e tranquilidade para soltá-las. No entanto, não pude deixar de comentar sobre um livro que tem revirado a minha mente e a minha alma com pensamentos tão coerentes e de uma beleza ímpar: O vendedor de sonhos, de Augusto Cury.
Uma obra que emociona profundamente e nos conduz a uma maior reflexão sobre a sociedade contemporânea e toda nossa trajetória de vida, as escolhas que fazemos, as oportunidades e opções que surgem e que não aproveitamos e todos os valores que nos são incutados e que assimilamos como nossos. Pois, cada trajetória humana é admiravelmente complexa e rica, não há certo nem errado, não há barreiras, não há verdades absolutas.
Vocês já pararam para pensar em como vale a pena viver um sonho? Imaginar de início, almejar de leve, começar a desejá-lo muito, querer além, torná-lo o centro de seu mundo e ir em busca daquilo que te faz bem, te traz paz, te deixa em serenidade.
Estou em uma fase não muito boa em aspectos profissionais e pessoais, apesar da conquista do apartamento. Tudo bem, não se pode ter tudo ao mesmo tempo, não é mesmo? Afinal, não teria graça. Só que ando levando umas surras de aprendizagem da vida.
É, pois se há perdas, se há danos, há igualmente a possibilidade de crescimento, de desenvolvimento. Não, não é fácil. Mas nada nessa vida é. E, é isso que vale. Acho que já estou tão habituada com as decepções naturais que temos ao decorrer do caminho, que começo a entender o sentido de tudo e a contornar as situações desfavoráveis, a aproveitar melhor o que vem pela estrada, a não me iludir tanto, a não criar expectativas demasiadas, a olhar para mais longe, a querer conhecer tudo mais profundamente. Começo a deixar a leveza invadir meu ser. Isso é bom, isso é positivo.
Com O vendedor andei passeando por mares já navegados por mim, mas ainda pouco explorados. E, fiquei pensando sobre em como devemos abandonar concepções pré-estabelecidas, visões estreitas de mundo, amarras sociais que só nos fazem cada vez mais cegos e infelizes. Devemos ser íntegros e sinceros conosco, buscarmos além do horizonte ao nosso redor. Devemos abandonar igualmente o peso social que carregamos, todas as ideias instauradas e ir atrás de nossas próprias ideias, nossas verdades e escrevermos nossa história, com risos, com lágrimas, com dores, com amores, com lealdade a nós mesmos e com sentimento. Sentimento de vida, de sabedoria, de generosidade, de entrega, de amor. Não esse redundante e banalizado que anda a solta por aí, mas o Amor com A maiúsculo, maior. Para sonharmos mais, sermos mais, sermos melhores.

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